quarta-feira, 7 de maio de 2008

Como se formam e se movimentam os furacões?

Como se formam e se movimentam os furacões?
Furacões, como o Dean, que esta semana causou dezenas de mortes no Caribe, e colocou o México em estado de alerta, são tempestades tipicamente tropicais. A pesquisadora Ana Maria de Avila, da Universidade de Campinas (Unicamp), explica que o fenômeno ocorre quando a temperatura da água do oceano está acima de 26ºC
"O calor e a umidade fornecidos pelas águas mais quentes dos oceanos tropicais e o movimento de rotação da Terra, fazem com que a tempestade comece a girar, reunindo forças para se tornar um furacão."
Ela ainda explica que, no hemisfério sul, os furacões giram no sentido horário. Já no hemisfério norte, a tempestade gira no sentido oposto. "Onde o furacão se forma, os ventos convergem de diversas direções e tendem a subir, dando origem à tempestade", explica a pesquisadora.
"As tempestades são dinâmicas e por isso se deslocam na atmosfera. Os furacões não são diferentes, deslocam-se sobre as águas mais aquecidas onde vão se alimentando com o calor latente de condensação, sua principal fonte de energia. Eles se deslocam por águas mais quentes, e, quando chegam ao continente ou a águas mais frias, se desfazem."
Foi o que aconteceu com o Dean. Ao chegar à península de Yucatán, no México, a tempestade - então classificada na categoria 5, a mais destruidora entre os furacões - perdeu forças e reduziu-se rapidamente à categoria 1.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

ONU vê "crise global" por causa de alta dos alimentos

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse na sexta-feira que o mundo vive uma crise global por causa do preço dos alimentos."Este acentuado aumento do preço dos alimentos se transformou numa verdadeira crise global", afirmou ele a jornalistas em Viena.

Crise afetou o preço dos alimentos em todo o mundo

"As Nações Unidas estão preocupadíssimas, assim como todos os membros da comunidade internacional", acrescentou ele, pedindo providências urgentes.O preço do arroz quase triplicou neste ano na Ásia, e a revolta contra o custo da alimentação e dos combustíveis provocou distúrbios em diversos países.Governos de diversos países exportadores adotaram restrições à venda de produtos alimentícios, para garantir o abastecimento interno, o que reduz ainda mais a oferta global, depois de vários anos de redução contínua nos estoques estratégicos.Ban disse que a crise seria discutida em um encontro de chefes de agências da ONU em Berna, Suíça, entre os dias 18 e 29 de abril."
As Nações Unidas estão preocupadíssimas, assim como todos os membros da comunidade internacional", acrescentou ele, pedindo providências urgentes.Ban afirmou também que os líderes mundiais devem discutir maneiras de melhorar os sistemas de produção e distribuição de comida.
O Japão anunciou uma doação de US$ 100 milhões em alimentos na sexta-feira, e o diretor executivo do programa alimentar mundial, da ONU, disse na quinta-feira que alimentar os famintos do mundo custa quase 40% mais, devido ao aumento nos preços de alimentos e petróleo.
O Fundo Monetário Internacional disse que tem conversado com governos em dez países, principalmente da África, sobre aumentar a ajuda financeira para cobrir o aumento dos gastos de alimentos.

terça-feira, 22 de abril de 2008

São Paulo é atingido por tremor de 5,2 graus na escala Richter

22/04/2008 - 21h27
São Paulo é atingido por tremor de 5,2 graus na escala Richter
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Moradores de São Paulo sentiram um tremor de terra na noite desta terça-feira. O tremor foi sentido em todas as regiões da cidade e algumas áreas da Grande São Paulo.
O epicentro do terremoto ocorreu a cerca de 270 km de São Vicente, no litoral sul de São Paulo e atingiu 5,2 graus na escala Richter, de acordo com o Laboratório de Sismologia da UnB (Universidade de Brasília).
"É um terremoto raso. Pela escala, toda cidade de São Paulo e a região metropolitana deve ter sentido. Em todo raio de 300 km do evento ele pode ser sentido", disse George Sand, professor-doutor do laboratório. Segundo ele, não há como prever novos tremores.
Os telefones do Corpo de Bombeiros estão congestionados devido ao elevado número de ligações efetuados pelos moradores assustados com o tremor.
De acordo com os bombeiros, moradores de Barueri, Itapecerica, Cotia e Osasco também sentiram os tremores.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Mais informações sobre Europa

Aspectos naturais

Relevo. A Europa apresenta uma altitude média de 340m, a menor de todos os continentes. Distinguem-se duas regiões geomorfológicas: a setentrional e a meridional. Na primeira, o relevo apresenta velhos maciços nivelados e planícies, entre elas as bacias sedimentares de Londres, de Paris, da Suábia e da Francônia; as planícies da Alsácia, do leito médio do Reno, da Bélgica e dos Países Baixos; os maciços montanhosos da Escandinávia, da Escócia e da Irlanda; as montanhas inglesas, os Urais, os Vosges, as Ardenas, a floresta Negra, o maciço xistoso renano, o Harz, a floresta da Boêmia e o maciço central francês.

A região meridional apresenta longas cadeias montanhosas, que se estendem desde a cordilheira Penibética, na Andaluzia, até o Cáucaso, e incluem os Pireneus, os Alpes, os Apeninos, os Cárpatos e os Balcãs. Nessas montanhas encontram-se os mais altos cumes da Europa, como o monte Branco (4.807m).

Hidrografia. A Europa possui três áreas hidrográficas: a dos rios atlânticos, como Minho, Sena, Mosa e Tâmisa, que são coletores de planície e apresentam caudal regular durante todo o ano; a dos rios de planície, como Vístula, Dnieper, Dniester, Don e Volga, que apresentam longos trechos navegáveis e que congelam no inverno; e a dos rios mediterrâneos, como Ebro, Garona, Ródano e Pó, que possuem curso muito irregular e estão sujeitos a longas estiagens no verão. Os regimes do Danúbio e do Reno variam conforme a região que atravessam.

Clima. O continente apresenta grande variedade climática graças à configuração topográfica, que permite a penetração da influência moderadora do oceano Atlântico. Há três tipos de clima: o oceânico, o continental e o mediterrâneo.

O primeiro se estende pela faixa ocidental, da Noruega a Portugal. O clima continental predomina na Polônia, no leste da Alemanha, nas regiões banhadas pelo Danúbio, na Suécia, na Finlândia, nos países bálticos e nas regiões européias da antiga União Soviética. O clima mediterrâneo cobre uma grande extensão do continente em virtude do longo corredor formado pelo mar Mediterrâneo, que atrai as massas de ar atlânticas no outono e no inverno. Abrange sobretudo o sul da França, a Espanha, a Itália e a Grécia.

Flora e fauna. A Europa tem cinco regiões botânicas. A tundra aparece nas áreas mais setentrionais do continente (Escandinávia, Islândia, Rússia). A faixa situada ao sul dessa área é coberta pelo bosque boreal de coníferas (pinheiros, abetos, lariços). O bosque temperado se estende ao longo da costa atlântica (faias, carvalhos, tílias) e limita-se, a leste, com a estepe, cuja vegetação gramínea se prolonga da Hungria à Ucrânia. Ao sul do bosque temperado predomina a vegetação mediterrânea (pinheiros, azinheiras e sobreiros).


A ação do homem reduziu o número e o hábitat das espécies selvagens européias. Na zona mais setentrional vivem animais de peles finas, como a rena e a foca. Nos bosques temperados habitam o urso pardo, a raposa, o lince e a lontra, e, na área mediterrânea, lebres, javalis, perdizes e faisões. A montanha apresenta uma fauna peculiar, com animais como o alce e o cabrito montês.

Aspectos demográficos

Composição étnica. A Europa é o continente de maior densidade
populacional do mundo e de mais equilibrada distribuição demográfica. Todos os povos europeus são caucasóides (brancos), com exceção dos lapões, búlgaros, turcos, magiares e finlandeses, de origem mongolóide.

Estrutura demográfica.

Comparada com a dos outros continentes, a população da Europa se distribui de maneira mais regular. As maiores densidades demográficas se observam nos países e regiões mais industrializados: os Países Baixos, o oeste da Alemanha, o Reino Unido, o norte da França, o norte da Itália e a região de Moscou. As zonas mais despovoadas são as nórdicas (Escandinávia e norte da Rússia). O grau de urbanização é desigual: nos Países Baixos supera noventa por cento da população; mas na Romênia ou na Albânia mal atinge a metade desse número. Mais de quarenta cidades ultrapassam um milhão de habitantes.

Aspectos econômicos

Agropecuária. As principais culturas são: cereais, sobretudo trigo, cevada, centeio e, em menor escala, milho, arroz, aveia e batata. Dentre as frutas, destacam-se os cítricos, maçã, pêra e, nos países mediterrâneos, as oliveiras e as videiras, estas importantes tanto pela uva como pela qualidade dos vinhos.
A Europa produz leite, queijo e manteiga acima de suas necessidades. Os rebanhos mais importantes são o bovino e o suíno. A avicultura abastece o mercado de ovos e de carne. A pesca é atividade relevante na Rússia, Noruega, Islândia, Dinamarca e Espanha. As espécies mais comuns são a sardinha, a cavala, o atum, o arenque e o bacalhau, moluscos e crustáceos.

Indústria.
A Europa foi o primeiro continente a realizar a revolução industrial. Com a garantia de matérias-primas baratas e mercados seguros para as manufaturas européias, acelerou-se o processo de industrialização.
Ao longo do século 20, a Europa foi perdendo o poderio, mas a criação de organismos econômicos supranacionais, como a Comunidade Econômica Européia (1957), estimulou sua recuperação. Em 1993, o Tratado de Maastricht estabeleceu as bases da União Européia, que visa à criação de normas legais unificadas e de um sistema financeiro e bancário comum.

A indústria européia abrange todos os campos, e é muito competitiva nos setores siderúrgico, de
construção, têxtil, químico, naval e automobilístico. Além disso, graças aos bosques de coníferas da Rússia, da Escandinávia e da Alemanha, há uma grande indústria do papel. Mas os setores de ponta das novas tecnologias apresentam atraso em relação ao Japão e aos Estados Unidos. As concentrações industriais mais importantes estão no Ruhr, na região central da Inglaterra, na zona de Paris e no distrito industrial de Donbass, Rússia.

Energia.
A produção energética insuficiente exige a importação de grandes quantidades de petróleo, só extraído em quantidades consideráveis na Rússia e no mar do Norte. O carvão mineral é abundante na Rússia, Polônia, Reino Unido e Alemanha. Há grandes reservas de gás natural nos Países Baixos, Rússia, Romênia e Reino Unido. Vários países dispõem de usinas nucleares.
Mineração.

O subsolo é rico em ferro (Rússia, Alemanha, Reino Unido, Eslováquia), condição que, juntamente com o carvão, viabilizou a indústria siderúrgica, mecânica e automobilística. Apesar da inexistência, em quantidade suficiente, de bauxita, cobre, estanho, zinco e minerais estratégicos (níquel, cromo ou urânio), criou-se uma importante indústria de fundição de metais não-ferrosos, graças à importação.

Comércio. O comércio exterior apresenta uma nítida diferença entre a Europa oriental, que tem volume menor de transações comerciais, e a Europa ocidental, que ocupa lugar preeminente nas trocas internacionais. Os principais parceiros são Estados Unidos, Canadá, Japão e países do Oriente Médio. Matérias-primas, minerais, produtos tropicais, borracha e madeira são importados. A exportação compreende basicamente manufaturados, automóveis, navios, produtos químicos, produtos ópticos e calçados. O comércio intra-europeu é comparável ao mantido com outros continentes.

Transportes. A área centro-ocidental européia, de comércio intenso, forma a rede terrestre mais densa do planeta, mas qualquer região medianamente importante conta com ferrovia ou rodovia. O perfil acidentado proporciona muitas baías e portos naturais. Os portos de maior movimento comercial são os de Rotterdam, Antuérpia, Havre e Marselha, Londres e Gênova. Os aeroportos de Moscou, Londres e Paris estão entre os mais movimentados do mundo.

O fluxo turístico para o litoral mediterrâneo é responsável pelo grande número de passageiros que transitam por aeroportos como o de Palma de Maiorca e o de Málaga, na Espanha

sábado, 19 de abril de 2008

A Linha do tempo da imigração japonesa

A Linha do Tempo da Imigração Japonesa

Desde o início da imigração japonesa no Brasil, que tem como marco a chegada do navio Kasato Maru, em Santos, no dia 18 de junho de 1908, os imigrantes japoneses obtiveram muitas conquistas e vitórias, superando inúmeras dificuldades. Confira abaixo a Linha do Tempo da Imigração Japonesa, desde 1908 aos dias atuais.

18 de junho, 1908 Chegada do navio Kasato Maru, em Santos. Do porto de Kobe a embarcação trouxe, numa viagem de 52 dias, os 781 primeiros imigrantes vinculados ao acordo imigratório estabelecido entre Brasil e Japão, além de 12 passageiros independentes.

Fevereiro, 1911 Os primeiros lotes adquiridos por imigrantes japoneses, a partir do projeto de colonização Monções, localizavam-se na vizinhança da Estrada de Ferro Sorocabana, junto à estação Cerqueira César.

Março, 1912 O Estado de São Paulo doa terras, na região de Iguape, onde famílias de imigrantes são assentadas, a partir do contrato de colonização firmado entre uma empresa japonesa e o governo paulista,.

Agosto, 1913 Chegam ao Brasil 107 imigrantes para trabalhar no garimpo, em Minas Gerais. Foram os únicos imigrantes japoneses da história a trabalharem com mineração.

Março, 1914 O governo estadual avisou à Companhia da Imigração que não mais subsidiaria a viagem de japoneses para o Brasil, já que a situação do Estado era desfavorável. Na época, o contingente de trabalhadores japoneses no Estado de São Paulo já estava por volta de 10 mil pessoas.

ADAPTAÇÃO CULTURAL


1932 Segundo dados do Consulado Geral do Japão em São Paulo mostram que a comunidade nikkei, na época, era composta por 132.689 pessoas. A maior concentração de pessoas nas colônias situava-se ao longo da linha Noroeste da Companhia Paulista de Ferrovias. Desse total, 90% dedicava-se à agricultura.

1938 No ano antecedente ao início da II Guerra Mundial, o Governo Federal começou a restringir as atividades culturais e educacionais dos imigrantes. As comunidades oriundas dos países integrantes do Eixo Roma-Berlim-Tóquio começaram a sentir os sintomas do conflito.

1940 A circulação de todas as publicações em japonês é proibida. No ano seguinte, chegaram às últimas correspondências do Japão. Até o fim da guerra, os japoneses viveram um período de rigorosas restrições, inclusive com o confisco de seus bens.

1948 O primeiro nikkei a ocupar um cargo eletivo em uma capital é Yukishige Tamura, eleito vereador em São Paulo. O clima de paz e harmonia volta a reinar, aos poucos, nas relações entre descendentes japoneses e a sociedade brasileira.

1949 O comércio entre Brasil e Japão é promovido por meio de um acordo bilateral. O Governo Federal anunciou, um ano depois, a liberação dos bens confiscados dos imigrantes dos países do Eix0

1967 O casal imperial visita o Brasil pela primeira vez. Na recepção ao príncipe herdeiro Akihito e a princesa Michiko, a comunidade nikkei lota o estádio do Pacaembu, em São Paulo.

1973 Chega em Santos, São Paulo, o navio Nippon Maru, último a transportar imigrantes japoneses.

1978 A imigração japonesa no Brasil festeja 70 anos. O casal imperial Akihito e Michiko participou das festividades e, novamente, a comunidade lota o Pacaembu. No mesmo ano, a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa – Bunkyo - inaugura, em São Paulo, o Museu da Imigração Japonesa no Brasil.



1992 Com personagens descendentes de japoneses e abordando o fenômeno dekassegui, é lançado Sonhos Bloqueados, da professora Laura Hasegawa. é a primeira obra literária de ficção escrita por uma nikkei.

1995 Comemorou-se, neste ano, o centenário do tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão. A princesa Norinomiya, filha de Akihito, já então imperador do Japão, veio prestigiar as festividades.

1997 A comunidade nikkei emociona-se mais uma vez com a visita do casal imperial japonês, que permaneceu no país por dez dias.

Fonte: Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil