segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Multimídia "como entender eleições EUA"

http://oficinadegerencia.blogspot.com/2008/01/eleies-americanas-entenda-o-mecanismo.html

Foto premiada sobre desmatamento Amazônia

Daniel Beltra

A polêmica sobre o desmatamento da Amazônia

Dado errado do Inpe gera polêmica
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Alta do desmate em agosto e setembro foi corrigida; mesmo assim, abriu disputa entre ambientalistas e autoridades

Herton Escobar


Toda a polêmica sobre os dados do desmatamento na Amazônia remete a um relatório divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em 18 de outubro. Nele, o instituto alertava para um crescimento acelerado da devastação da floresta entre os meses de junho e setembro de 2007, em comparação ao mesmo período de 2006. A notícia correu o mundo. Após três anos de queda no desmatamento, tudo indicava que a máquina de moer floresta voltara a funcionar a todo vapor.

Os números mostravam um aumento de quase 8% no desmatamento da Amazônia, incluindo um crescimento explosivo de 600% em Rondônia. Ambientalistas imediatamente interpretaram os dados como prova da incapacidade do governo de controlar o desmate com o reaquecimento dos mercados de carne e soja, que andavam em baixa nos anos anteriores.Na semana passada, descobriu-se que esses dados estavam errados. Na verdade, pode ter o ocorrido o inverso: em agosto e setembro, pelo menos, o desmatamento foi menor do que em 2006, segundo os dados disponíveis. O erro foi detectado pelo Estado e confirmado pelo diretor do Inpe, Gilberto Câmara.

Na semana retrasada, o Inpe divulgou em Brasília, com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), novos números do desmatamento, referentes ao período de agosto a dezembro. Os dados são todos do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), que utiliza imagens de satélite para monitorar diariamente as frentes de ocupação da floresta. Os novos dados mostraram, mais uma vez, uma aceleração do desmatamento - só que, desta vez, nos meses de novembro e dezembro, o que foi inesperado, já que nestes meses a chuva costuma empurrar os índices para baixo, e não para cima. Foi um ano bem mais seco que o normal.O Inpe reconhece o erro anterior e garante que os números, agora, estão corretos. O instituto, porém, não divulgou os dados do Deter para os mesmos cinco meses de 2006, o que não permite calcular se o desmatamento acumulado no período também foi maior do que no ano anterior. A não ser por essa anomalia de novembro e dezembro, é possível que os índices de 2007 fiquem abaixo dos de 2006 - o que não diminui a necessidade de políticas de conservação.Ambientalistas, em coro com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, culparam novamente o agronegócio e o mercado de commodities pela destruição - uma relação já confirmada por vários estudos e óbvia na verificação de campo. O MMA publicou uma lista dos 36 municípios que mais desmataram, sobre os quais incidirá uma série de sanções e embargos com o intuito de coibir a derrubada da floresta. Os números específicos de área desmatada para cada município, porém, não foram divulgados.Governadores e prefeitos das áreas embargadas não ficaram satisfeitos. Pressionados, aproveitaram o erro do Inpe no relatório anterior para apontar o dedo na direção oposta e lançar dúvidas sobre a acurácia de todo o sistema. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprou a briga, chamando as notícias do desmatamento de “alarde” e cobrando uma investigação dos dados.

O Estado solicitou ao Inpe os dados completos do Deter para todos os meses de 2007 e 2006, mas as informações ainda não foram divulgadas.TERMÔMETROPara entender a situação, o especialista Evaristo Miranda, chefe da Embrapa Monitoramento por Satélite, do Ministério da Agricultura, faz uma analogia na qual a Amazônia é uma paciente e o desmatamento, uma febre. “Que a Amazônia está doente, não há dúvida”, diz. “A dúvida é se o termômetro está medindo a temperatura certa.”O Deter, como diz um aviso em letras maiúsculas no site do Inpe, “não foi concebido para cálculo de área”. O sistema foi projetado como uma ferramenta de fiscalização, para detectar grandes desmatamentos e orientar o trabalho de campo do Ibama em tempo real.

É um sistema rápido, mas de baixa resolução, que só enxerga desmatamentos acima de 25 hectares. Diferentemente do programa Prodes, de alta resolução, porém lento, que é utilizado para calcular as taxas anuais de desmatamento.Em mais uma analogia, o Prodes pode ser pensado como um investigador que entra em cena depois do crime; enquanto o Deter funciona como uma câmera de vigilância, que filma o bandido arrombando a porta e avisa a polícia para que ela tente chegar antes de os criminosos fugirem. O sistema é, sem dúvida, um dos responsáveis pela queda no desmatamento desde que entrou em operação, em 2004.Mesmo em baixa resolução, o Deter produz estimativas de área, que podem apontar tendências na evolução do desmatamento mês a mês e ano a ano - como foi o caso agora. Uma vez que essas estimativas passaram a ser usadas como base para políticas de repressão, porém, é natural que governadores, prefeitos e produtores cobrem transparência total nos dados. Eles são acusados de genocídio florestal, e querem uma contagem correta das áreas - o que, por outro lado, não os eximiria de culpa pelos crimes cometidos. A maior parte do desmatamento é ilegal.Só a divulgação completa dos dados pelo Inpe poderá esclarecer a situação

ENTENDA A CRISE DO SUPRIME (EUA)

Entenda a crise do subprime
16/01 - 17:13 - Paula Leite, repórter Último Segundo


A chamada crise do subprime, ou hipotecas de risco, acontece nos Estados Unidos desde o ano passado e vem se intensificando.
Nos últimos anos, com a alta dos preços de imóveis nos Estados Unidos e a alta liquidez (dinheiro disponível para empréstimos) no mercado internacional, os bancos e financeiras norte-americanas começaram a emprestar mais dinheiro para que pessoas com histórico de crédito considerado ruim comprassem casas. Antes, só tinham acesso a essas hipotecas credores com bom histórico de pagamento de empréstimos e renda comprovada.
Além das hipotecas terem risco maior devido ao perfil dos tomadores de crédito, os bancos também passaram a fazer empréstimos não-tradicionais, com juros mais baixos nos primeiros anos do contrato (depois reajustados para taxas mais altas) e prestações iniciais só com o pagamento dos juros.
Os tomadores dessas hipotecas acreditavam que, com o preço das casas em alta, conseguiriam reajustar seus empréstimos e obter condições mais favoráveis quando o período de juros mais baixos terminasse. Porém, a “bolha” dos preços de casas estourou e eles começaram a cair; com isso, muitas famílias passaram a não conseguir pagar suas hipotecas e perderam suas casas. Como o preço das casas caiu, muitas vezes o banco não consegue reaver o que já emprestou ao cliente.
Securitização
Além de o banco que fez o empréstimo ter prejuízo com essa situação, muitas dessas hipotecas são securitizadas nos EUA (agrupadas e transformadas em papéis que são comprados e vendidos). A securitização espalha o risco por todo o mercado e permite que os bancos emprestem mais dinheiro para financiamentos imobiliários; mas essas mesmas características fizeram com que, com a crise, os prejuízos atingissem dezenas de instituições financeiras e de fundos de investimento.
Com o risco espalhado por todo o setor, acontece também uma crise de liquidez, já que as instituições relutam em emprestar dinheiro umas às outras.
A crise pode ter impacto na economia brasileira porque, com a desorganização das finanças das famílias e com a redução do crédito disponível nos EUA, pode haver redução no consumo e conseqüente recessão no país. Isso pode fazer com que os EUA comprem menos produtos do Brasil. Além disso, a menor liquidez no mercado global pode fazer com que os investidores prefiram investir em papéis de menor risco, como os do Tesouro dos EUA, tirando dinheiro de mercados como o brasileiro, que têm melhor retorno, mas maior risco.

IMAGEM - "A bolha imobiliária norte-americana"


domingo, 17 de fevereiro de 2008

Multimídia sobre conflito em Kosovo

Link de interatividade para entender melhor o conflito.


http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowEspeciais!destaque.action?destaque.idEspeciais=518

KOSOVO INDEPENDENTE

O Parlamento de Kosovo aprovou a declaração da independência da província feita pelo primeiro-ministro Hashim Thaci durante uma sessão especial neste domingo na capital, Pristina. A sessão contou com a presença de 104 parlamentares.
KOSOVO INDEPENDENTE

Durante a sessão, o primeiro-ministro de Kosovo, Hashim Thaci, afirmou que "muitas pessoas se sacrificaram para que a independência se tornasse realidade e esperamos por este dia durante muito tempo"."Kosovo é independente, soberano e livre", disse Thaci. "Hoje nós estamos entre as nações livres do mundo". Ele garantiu que o país irá obedecer aos preceitos da ONU (Organização das Nações Unidas) e das leis internacionais e pediu o reconhecimento da comunidade internacional. O premiê afirmou ainda que a nova república terá boas relações com a Sérvia. Thaci assegurou que os direitos da minoria sérvia serão respeitados com a independência. "Todas as comunidades terão um papel importante na construção da nação, não há lugar para medo e discriminação em Kosovo. Qualquer ato de discriminação, principalmente contra as minorias, será removido das nossas instituições e do nosso Estado". Milhares de kosovares saíram às ruas para comemorar o anúncio da independência do país. O governo preparou shows para a população e oito toneladas de fogos de artifício serão usadas nas celebrações. Thaci vinha dando indicações de que a independência seria declarada neste final de semana e milhares de kosovares de origem albanesa já comemoravam a decisão desde a madrugada.Quando assumiu o poder, em dezembro passado, Thaci, ex-guerrilheiro que lutou contra a Sérvia entre 1998 e 1999, afirmou que a independência da província seria uma das primeiras medidas do seu governo. Opositores Os governos da Sérvia e da Rússia já haviam afirmado que não reconheceriam a independência de Kosovo. No juramento de posse para o segundo mandato no cargo, o presidente eleito da Sérvia, Boris Tadic, prometeu nunca desistir da luta pela província, considerada o coração religioso e cultural do país. A declaração foi reforçada por outra, do primeiro-ministro Vojislav Kostunica. Ele pediu aos sérvios que vivem em Kosovo que não abandonem o território e disse que eles têm o direito de ignorar qualquer proclamação de independência. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que seria ilegal e imoral a comunidade internacional reconhecer a independência da província. Além da Rússia e da Sérvia, a Bósnia-Herzegovina e Montenegro também são contra a independência. Bálcãs A população dos Bálcãs está acompanhando de perto os eventos no Kosovo e as consequências que a independência da província poderá trazer para a região. A Albânia e a Eslovênia devem ser os primeiros países a reconhecerem a independência. Já a Macedônia e a Bósnia devem hesitar em reconhecer a ruptura, pois também sofrem com problemas de separatismo étnico.
FOLHA DE SÃO PAULO 17.02.2008